Alma de Poeta

ALMA  DE  POETA
Sofre a alma do poeta,
Muito mais que outra qualquer.
Por ser sensível e sincera,
Vê nos sonhos de quimera.
Grandeza e belezas ternas.

          Vê na alma da donzela
O belo que nela encerra.
          Vê no olhar de criança
          O brilho da esperaça,
          Fonte de luz e bonança.

Vê a grandeza infinita

Daquela santa querida

Que nós chamamos de mãe.
         Vê coisas que outros mais,
Parece nem ver sinais,
Que são no entanto reais.

                   Sente a dor de seu irmão,
No seu próprio coração.

 

Sofre a alma do poeta

Muito mais que outra qualquer
Por ser sensível e sincera.


1962

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