POR QUE?
Por
maltratas a quem te estima tanto,
Por
que me negas a luz de teu olhar?
Não
vês que tenho o coração em pranto,
Que
os olhos meus a teus vive a buscar?
Por
que a mim negas teus sorrisos,
Que
outrora me fizera tão feliz
Dando-me
a impressão
Diga-me
por Deus; que mal te fiz?
Fui
tola talvez; era criança.
Eras
minha luz, minha esperança,
Em
teus olhos eu tinha confiança.
Agora
que é chegada a mocidade,
Rouba-me
os sonhos de felicidade
Fazendo-me
viver de uma saudade
Busco
esquecer-te em um sorriso
Em
uma alegria que existir não pode
Vivo
a cantar como canta o cisne,
Ao
sentir de perto a própria morte.
Não
me arrependo de querer-te tanto,
Não
te censuro pelo que faz,
Quisera
apenas, que deste meu pranto.
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